Versos a saudade (segunda parte)
II
Amar-me; junto ao meu vulcão ardente…
Vem! Dos tolheres que nos deu ao colo!
Aqui na vara dos teus véus ao solo;
Sempre serei teu namorado, à gente.
Ao doudo beijo; os meus clarões eternos,
É dos desejos a beijar-me, os lábios…
Cuidar, amar e ver – os fados sábios
Da moita, a ti dos meus amores ternos.
Para cantar-me tanto amor lírico;
Sou tão amável; quero amar-te tanto
Que vou amá-la o coração e encanto,
Damo-los tanto coração ao bico.
Falo-te; meu anjo… Sem vida erguida!?
Andas o arroubo nos clarões do Deus;
Que, ao douramento dos amores meus,
À minha amada; a sedução da vida.
Como a Marília, se eu te amar o gozo;
Que vos luziste o teu roupão sem pejo,
Sou o Dirceu; faço-te o teu desejo
Quero vivê-la nua, ao véu fogoso.
Da aura ao delírio; pelos fortes ventos,
Sem alvorada! Da nudez ao leito!…
Olho-te, sem medo. Ao clarão perfeito
Se eu te abraçar; vejo-te os bons alentos.
Amar! Quem vos lembraste os teus amores!
Dos sentimentos que o fulgor vos beija;
Vendo-te o ardor; os beijos da cereja
Torna-te, os beijos dão-te tantas cores.
Vem! Quero amar-te tanto ardor fúlgido!
Sentiste a falta; que vos viste o talho,
Dei-te ao carinho; pelo doce orvalho.
Beijo-te tanto sol; ao véu luzido.
Autor:Lucas Munhoz 06/10/2011