UMA MÃO (PAI)

Caminhando a esmo procuro
Uma mão amiga a me orientar.
Que mostre o caminho
Que devo trilhar.

Não é comodismo
Mas sim, desilusão.
De muito ter tentado
E só ter recebido, ingratidão!

Amigo, onde você se encontra;
Te procuro em todos os cantos.
Queria ter sua companhia pronta
A me levantar nesses meus desencantos…

Como encontrá-lo de novo
Meu amigo estimado.
A sua amizade eu louvo,
Não quero te crer morto…

Nossa amizade, não pode se resumir no corpo.
Ela transcende a matéria, o físico.
Ela ultrapassa o infinito.
Por isso, nessa sua ausência, eu grito!

Creio-te vivo, e morto te pranteio…
As raias da dúvida
Confundem meus pensamentos.
Pois te vi inerte, e te sonho vivo!

Essa minha crença
Abala minha estrutura
E modifica minha consciência.
Não quero crer na premissa
Em que invade o meu ser.
De na mente só ter,
Uma expectativa sombria da vida…

O que esperar da vida, senão a morte.
Ela, é a única coisa certa do viver.
Seja tardia ou breve.
Quase sempre, vem sem nosso querer!

Pois isso foi o que lhe aconteceu.
Partiu sem dizer adeus…
Não sei como tudo se sucedeu,
Só sei que morreram alguns sonhos meus!

Amigo, creio na imortalidade;
Sinto falta da sua amizade…
Talvez a tenha ainda;
Só que não é por mim sentida.

Outro amigo, não tenho com certeza;
Talvez daí, minha solidão.
Sinto a falta de uma mão
Que me conduza com inteireza.

Minha amizade por você está guardada
E com muito amor é dedicada,
À lembranças de alegres momentos
Por nós vivenciados!

Apesar de pai; éramos amigos…
Pegando em minha mão,
Me levou por caminhos do coração.
Agora só, perdido; que saudades sinto!…
OBRIGADO PAI,
POR TER SIDO,
MEU GRANDE AMIGO!
(PEREZ SEREZEIRO)
José R.P.Monteiro – SCSul SP [email protected] [email protected]

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