Saudades de uma “Bala”
Bala-Bala, a cachorrinha
Divertida, engraçadinha
Tinha a cara esbranquiçada
E o pêlo bem pretinho
Bala-Bala, a alegria
Das crianças todo dia
Aos domingos na pracinha
Como brincava, pulava e corria
Não podia ver uma bola
Que corria para pegá-la
Nem podia ver um gato
Que atrás ia feito uma bala
Por ter o pelo eriçado
Eu a chamava de “Sabuga”
Tinha a cara de “geada”
Nossa Bala, a Balinha, a Baluga
E nós, que a amávamos tanto,
Que a tratávamos de filhinha
Porque ela era um encanto
Um amor de cachorrinha…
Com tanto amor, no entanto,
Morreu virgem, coitadinha.