Fui fazer um samba na ribeira,
Era uma quarta-feira,
Eu me apaixonei por lá.
Cantei o Paulinho da Viola,
Dona Ivone e Cartola,
Tantos sambas de raiz.
Tinha muita gente animada,
Tinha cerveja gelada,
Que beleza de lugar.
Estava todo mundo bem feliz,
Quando chega alguém e diz
Que nossa hora chegou.
Mas Quando termino a brincadeira,
Todos pedem João Nogueira
E o Samba assim seguiu.
O dono da birosca aperreado,
Me acenava chateado
Com o relógio a mostrar.
Fizemos ouvido de mercador,
O samba continuou
Pela madrugada inteira.
E não teve quem arredasse o pé,
Samba bom, assim que é,
Vai até o sol raiar.
Toninho Melé/Edmundo de Souza