Pobre rosa noturna que soluça
com o beijo selvagem da tormenta
oh! frágil beleza que debruça
sobre a terra fria que a ostenta.
Sinto em mim o seu perfume agonizante
no vendaval da sua triste sorte
pobe rosa que implora suplicante
despedaçada perfumando a própria morte.
Pobre rosa que rola pelo chão
naufragada na tormenta infernal
seu perfume se perdeu na escuridão
seu destino, pobre rosa,foi fatal.
Ah! noite tenebrosa e tão cruel
que mata as rosas com beijos de terror
rosas mortas que vão rolando ao léu
entre as águas sepultada rosa flor.
A bonança virá depois da tempestade
e o sol novamente irá brilhar
mas em mim ficará uma saudade
de rosas que nunca mais hão de voltar.