Lira I (A nova saudade)
Amo-te, toda a amizade
Ao ver-te a paixão esbelta;
Ó meu olhar! Sem saudade!?
A flor sensual do Celta;
A minha bela mulher,
Quero-te tanto prazer.
Se fores a minha musa;
Nua, ao torso da delícia…
Querida, em que o poço abusa.
Do corpo a forte volúpia
A minha bela mulher,
Quero-te tanto prazer.
Se eu fosse o jovem Dirceu;
Como verias o anjinho,
Em que o delírio encolheu
Beijo-te o calor de vinho.
A minha bela mulher,
Quero-te tanto prazer.
Quem só vive todo o peito,
Ó minha bela, sem luto!
Tens de deleitar o efeito
O colo, pois eu escuto.
A minha bela mulher,
Quero-te tanto prazer.
Deste-me todo o passado;
Amo-te, a minha donzela
Aqui diz o alvor do lado,
Tu és minha… A minha bela.
A minha bela mulher
Quero-te tanto prazer.
Serei o teu doce autor,
Beija-me, pelos amores
Pelo dossel, meu amor!…
O meu beijo dos ardores.
A minha bela mulher,
Quero-te tanto prazer.
Verás que o prazer encolhe,
Pelos deleites, sem cana
Que o sentimento nos colhe;
O amor da luxúria humana.
A minha bela mulher,
Quero-te tanto prazer.
Aos doudos braços, meu couro!
Que me dês o ardor da sala
Que eu vejo a luz do tesouro;
Lá no coração, que estala!?
A minha bela mulher,
Quero-te tanto prazer.
Autor:Lucas Munhoz 08/02/2011