AIR-BUS FRANCE, Voo 447, Homenagem

AIR-BUS (FRANCE) VOO 447

I
Entre a água dos oceanos
E o sol límpido do quase além céu
O silêncio no todo entre derredor

A primeira nota do silêncio:
Não ter lugar de seu em self
Para ser chorado – e velado

A tristeza
Um exército de almas na
Tessitura do céu-mar-
Lágrimas

O aeroporto que nunca chega
A morte que talvez não exista

O horror, o estertor
O esplendor do vazio

A paz-aquilo(silêncio)
D.us?

II

Não haverá funeral, missa
Corpodespresente
Nem floração de lágrimas

Apenas o univer-sal?:
Oceano-universo-historial

A alma-valise
O espírito pleno flui o
Mar-da-tranquilidade

Viço-vida: o vôo, o outro

A morte é só na terra
(o silencial – tudo entre
O céu) infinito
Os oceanos – lágrimas
(de anjos)
Todos os sobre-
Viventes

III

No espírito e na liberdade

Nem culpas
Velocidades
Sistemas panes:

A fuselagem vítrea do
Self
(Céu)

A velocidade
Da purificação
Todos os chamados
Escolhidos

Não haverá mais dor
Assim na terra como no céu

Silêncio-quásar
Muito além da caixa-preta
Muito além do desjardim

-0-

Silas Correa Leite
E-mail: [email protected]

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