A carta da saudade eterna
Meu amor,
Volta! Sem vida às carnes sedutoras!…
E o seu cultor; Deus sabe se eu te amei,
Ver-te os amores, que já me namoras;
Do meu balção, os lados eu lhe olhei.
Se as mulheres me amavam tanto amor!
Que é um amor, eu vou-me ao firmamento;
Volta! Se é como amar-te tanta dor!
Se couberas amar-me como o vento…
Sem loas ciumentas, é o meu lado
Vira-te! Do seu culto vem amar-me!
Quero amar-te a saudade; como o fado,
Sê mui ditosa, que vives o alarme.
Volta! Sou bem-querido ao meu carinho!
Se fosses a melhor Inês, sem medo.
E o seu amado, dá-me o forte vinho!
Beijo-te docemente, sem degredo.
Dos corações hei de amar-te a vontade!
Embalar-me a maior Inês ardente?
Ela é bem forte, faço-te a bondade.
Que és minha Inês real ao meu presente!
Volta! Ante os sentimentos da altivez!
Perdoo-te, sem erro. Amo-te a vida!
Chamas-te a amante da paixão em vez!
Quero beijar-te os sóis, Inês querida!
Autor:Lucas Munhoz 8/09/2011