No meu sitio tem de tudo,nele tudo acontece
essa estória aconteceu no finalzinho de janero
já passô bastante tempo mais a gente nunca esquece
morava na região um baita gavião do tipo carnicero.
Num domingo de manhã,de céu azul,bastante sol
as galinhas distraídas passeavam no quintal
sem sabê que o perigo morava nos arredol que nem curisco aparecia num mergulho fatal.
O carijó dava o alarme,mais chegava muito tarde
os pintinho esparneava nas unhas do gavião
eu ficava enfezado e me vinha uma vontade
de pegá o carnicero e mostrá pra ele uma lição.
Preparei meu estilingue,uns pedregulho de cascvalho
atrais da moita de tucaia esperei o malfeitor
tive boa pontaria,fui mais ligero que o raio
acertei ele no mergulho,rolô no chão, tremeu de dor.
A ave de rapina agora tava em minhas mãos
se trasformô em caça o carnicero caçadô
amarrei nas duas pernas uma peia de cordão
arranquei as penas dele,peladão ele ficô.
De asa aberta,amarrado,no meio do galinhero
as galinha arrodiaro o terror da vizinhança
meu galo índio vermeião,o mandão do terrero
com as esporas afiada começô sua vingança.
O gavião apanhô tanto,ficô mais mole que bagaço
fiquei com pena do infeliz que recebeu uma lição
foi embora cambaleano,trupicano no próprio passo
olhava com tristeza suas penas rolando pelo chão.
Dispois daquele dia ninguém mais ouviu falá
do carnicero perigoso que morava na região
naquele céu azul eu via no espaço a vuar
bando de passarinho,mais nem sombra de gavião.