AMANHECIMENTO TRISTE DE UM SERTANEJO

Às vezes eu me desgosto
Deixo de gostar
É quando acordo com o coração sufocado, magoado
Espremido pela mão do mundo
Descontentado, acabado.

Às vezes me dá até vontade de segurar
O coração desassegurado
E lapidá-lo feito o “o” do orió
Dá um timbugado do lado avesso da solidão
Dessa vida aperreada, cheia de nó.

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