Resplendente nos pampas gaúchos,
Está lá o meu pampa poético…
E como gosto destas terras férteis!
Tanto como gosto do meu canto cético!…
Sobe e desce das serras do Rio Grande
O meu canto aprumado e belíssimo!…
Que glória de vê-lo muito bem salubre!
Que amor de verso grandiloqüentíssimo!…
Enfim chega ele nos ouvidos pampeiros!…
Meu canto é acariciado pela multidão…
Ela gosta com muita devoção da ode,
Assim como das cantigas do seu serão!…
No cair da noite, o meu canto viajado
Vai aquecer-se na rústica fogueira…
Ao som dos pampas musicados
Fortemente, da serenata cavaleira!…
Quando se tece o dia de amanhã,
O meu canto está pronto para a viagem…
Sobe como de praxe as serras pampeiras
E depois vai visitar a gaúcha molecagem!…
Meu canto gosta de fazer longas viagens…
Como as fez na Grécia, em Roma e Portugal…
Mas nenhuma delas é tão inesquecível,
Quanto a esta deste pampeiro chaparral!…