A caminhada é longa,
quando na estrada te lanças, milhas, léguas,
retas, sinuosas curvas,
caminhos passados, viagens ontem e agora.
O viajante encontra paisagens,
na janela do comboio, imagens,
acenos, perdidos olhares,
de uma gente andarilha, terrais e ares.
Quase sempre vem a sensação
de um caminho que não tem fim, clamores
entre flores e dores,
aromas e bálsamos, razão e emoção.
Mas o que se busca, nesta aventura,
o que se traz, estranha criatura,
a indagar os ventos e rumos,
se o que vemos e sentimos não está nos livros.
Sabes ou imaginas onde se encontra a resposta?
a tantas humanas divagações, escolhida
quiçá na ceia, na mesa posta,
ou em cada passo que dás nos rumos de tua vida?
AjAraújo, o poeta humanista, escrito no Outono de 2002.