Purgatório

Purgatório

Trevas são os pensamentos que povoam

Este pomar de sombras, frutos podres

Escorrem lágrimas cinzentas de poeira

Embasando o horizonte há muito perdido.

Vagando pelos os escombros do que sobrou

Abraça as mobílias jogadas ao relento

Tateando objetos que já fora enfeites

Lar doce lar hoje fel acre paladar.

Tropeçando aqui e acolá segue a vagar

No lamento moribundo dos ventos uivastes

Gela a espinha sentir trágico calafrio

Destroços duma vida que se esvaiu.

Jamaveira®

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