Contemplo o sol.
Canto ao vento.
Sinto — agindo sobre mim —
O galopar do tempo.
Cheiro a sal do mar.
Sou testamento.
Por horas a fio,
Sentado no chão do silêncio,
Confabulo com meus pensamentos.
Na pista da vida, vivo sempre em movimento.
Na rima do mundo,
Comporto-me como quem seja
Um poeta a meio passo da ribanceira.
Mas então,
Escuto o perfume da alegria
Sapatear pelas narinas do meu desejo:
Assim, aos poucos,
A flora e a água
Se amalgamam com a fauna da imaginação,
Parindo um poema livre,
Leve, elástico, elétrico,
O mais jocoso trovão intrépido!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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