Explique noite,
Porque meus olhos não sentem?
Explique pálida noite,
Porque meus dedos estão anestesiados…
Porque enfim, meu coração não pulsa.
E então, porque minha boca cala,
Quando meus lábios deveriam bravejar!
Porque teu silencio,
Tomou conta do meu corpo,
E meu calor em forma de alma…
Já não aquece outras formas.
Agora,
Tão pouco o peso das moedas,
Faz diferença.
O algodão e a seda,
Não me fazem sentir importante.
E tudo o que vejo é você,
Tudo o que me cerca é escuridão…
Tudo parece simples,
O ar, leve e puro!
Não há palmas para meu ego,
Nem espectadores para meus gestos.
Somente tu!
Nua e silenciosa, tomando meu corpo…
Por carne podre.
Sem ao menos se importar,
Com um nome, uma posição ou passado feito.
Sou mais uma peça,
Que não se completa nos teus caprichos.
Sou agora…
Mais uma história a ser coletada,
E esquecida.
Assim como tu, triste noite!
Que ao amanhecer,
Levara contigo toda forma de vida…
Mesmo sendo nova ou velha,
Nunca compreendida.