Caro poeta, por favor,
Faz outra canção de amor,
Falando de meu sofrer.
Daquela mulher que um dia
Pra viver de boemia,
Abandonou nosso lar.
Preferiu viver ao léu,
Perambulando num bordel,
Passando de mão em mão.
Tanta festa e orgia,
Uma falsa alegria;
Outra grande ilusão!
Era jovem, tão bonita,
Mas vergonhosa sua vida,
Porque perdeu a moral.
E o tempo foi passando,
A idade aumentando,
Tudo desmoronou.
Procurava, não achava,
Pois ninguém queria nada
Com ela que já passou,
Dia e noite, noite e dia
Numa promíscua serventia,
Porque alguém lhe pagou.
E Hoje ela vive a vida,
Tão saudosa e sozinha;
Veja o que ela lucrou!