O poço

No fundo do poço
Estava a vida…
O pouco da dignidade,
E um resto de amor.
As palavras presas
Entre as paredes,
Faziam afogar.
A esperança…
Era como um muro alto,
Intransponível.
E o fundo do poço,
Era morto, sem luz…
Por que há muito
Os olhos não veem ou brilham.
Ninguém era capaz de ouvir ,
Os gritos eram tão fortes,
Quanto a indiferença…
De quem por ali passava.
Usado pela cidade,
Desprezado pela sociedade,
Esquecido como um eco…
Preso na memoria.
Antes fonte de vida,
Agora, agoniza.
Porque todo ser que ali bebeu
Esqueceu-se de retribuir,
Por que uma vida,
Só deixa de ser fonte,
Quando é apenas usada…
E esquecida.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.