Passo por sobre as ondas
Deslizando na prancha da solidão
Onde nesse mar, vários estão…
Estamos tão juntinhos
Que nossas pranchas
Podem até se tocar,
Mas estamos solitários
Em nós mesmos
Pelos sentimentos contidos no peito.
Não percebemos as pessoas a nossa volta.
A tristeza dos pesadelos
Nos deixa cegos; por dentro.
Temos um véu interior
Tampando o mais belo do amor…
Dessa forma,
Ficamos tão sozinhos
Em nossos descaminhos
E a tristeza latente
É a única coisa que vemos.
Toda e qualquer alegria
Nos fica tão distante
Que nem tentamos
A ela chegar…
Começo então a perceber
Que minha prancha afunda.
Então nesse momento
Grito por socorro….
E para meu espanto
Todos à volta, escutam
E se voltam para mim
A fim de ajudar.
Percebo então
Que todos como eu,
Estavam sozinhos, absortos
Em suas tristezas
Só precisando despertar
Pelo grito de socorro de alguém,
Para eles se sentirem
Vivos, outra vez…
José R.P.Monteiro SCSul – SP [email protected] [email protected]