Um aperto no peito,
uma vontade intensa de não aceitar o instável,
tentativa de seguir sem olhar para trás,
decepção de não poder mudar o inevitável.
Lembrar que nada nunca é como o esperado,
E que algumas coisas foram feitas para não se alcançar,
Objetivos que não dariam certo,
Sensações que nunca deveríamos experimentar.
Ter falta do que tanto queríamos,
E sentir o que somos incapazes de suportar,
Sonhos que nunca seriam realidade,
Mas que nunca deixamos de sonhar.
Saber o quanto somos fracos,
E conhecer o limite do que conseguimos fazer,
Caminhar na completa escuridão,
Acompanhados do que somos incapazes de entender.
Conviver com os enigmas que criamos,
E que não conseguimos desvendar,
Desistir das causas pelas quais lutaríamos,
Mas que somos obrigados a nos entregar.
E entender da forma mais difícil,
O que sempre deveríamos saber,
Aquilo que desde o começo sempre sabíamos,
Mas que nunca saberemos o por quê.