A saliva naufraga na superfície da garganta.
O eco se afoga no mar da palidez cadavérica
Que subjuga o semblante abatido da esperança.
Doridas manhãs e angustiantes distâncias
Afloram sobre o chão do fluxo das lembranças.
O sol destranca a Poesia das paisagens averbalizadas.
A tarde que se assenta represa e descerra
A efusão das mágoas guardadas.
A lua nos emprenha de claridade sensata
Para podermos contemplar
A miséria e a beleza da humanidade á lepra condenada.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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