A morte mais uma vez pede passagem, nunca carona
Em curvas perigosas e em olhares distraídos,
A morte mais uma vez lhe visita.
Como viajante, errante,
Em um movimento alucinante,
Carros vêm, vidas vão,
Os culpados onde estes estão?
Aonde a estrada é chamada por um numero,
As vidas perdidas viram estatísticas,
As lagrimas de famílias são em vão.
Me diga, por favor alguém explica!
Qual o preço da vida?
Qual o custo da morte?
Quem se arrisca em uma viagem
Quase sempre só de ida.
É difícil imaginar uma saída?
Talvez falte vontade política,
Ou se faz necessário perder mais vidas?
O asfalto já não tem manchas,
Sangue não é o bastante?
Me diga, por favor alguém explica!
Qual o preço da vida?
Qual o custo da morte?
Quem se arrisca em uma viagem
Quase sempre só de ida.