Não deixem que cortem o fio que me prende a vida…
Pois nessa agitação em nos encontramos,
Sou o descanso para o teu corpo,
Nas tuas noites de insônia,
Sou o sono que vem de mansinho…
Sou o horizonte para quem vê
A beleza para quem aprecia,
Estou na tela da TV
Estou na rima da poesia…
Dentre as infinitas coisas que ainda sou,
Confronto-me com algumas
Que contra vontade
Tenho de ser, tais como:
– Os elementos químicos usados em bombas de hidrogênio e nucleares;
– Nos mísseis, nas armas biotecnológicas das guerras e manifestações públicas;
– Nas armas poderosas, em mãos rápidas e firmes de crianças, adolescentes abandonados…
Sou enfim tantas coisas, que você, Homem, O sabe muito bem! Porém, já não mais me reconhece…
Devasta-me a cada instante; polui-me a cada segundo… Por essa e outras razões, tiro a vida de muitos…
Essas, que sem culpa, vão nos deixando…
Apesar de tudo, Sou Terra, Água e Ar,
Sou seu REFLEXO Homem!
Não deixem que cortem o fio que me prende a vida!