O mar lírico
Fulgiu, pelos delírios como os mares…
D´água tornou-se a força, olha-me os cheiros!
Sem me tocar; pelo calor dos lares,
Se o arquejo nos gozar; os maus olheiros.
Vil, se me talhar os olhos, em bares!
Que o nosso peito sente; aos bons guerreiros…
O perfume, a batalha em meus olhares
Disse-me, eis-me o valor que orla os veleiros:
"Olho-o, no chão … Ah! Teus corpos bondosos!…
A cor azul, em meus clarões que abraça…
Do que se sente, em meus vagões fogosos."
Quer Deus nos sinta; sem vagar do mal
Tu és um doce mar, sempre se passa
Que cure o nosso bem, sem ser banal…
Autor: Lucas Munhoz 28/02/2012