A minha terra é o “interiô”
Que cultiva paz e “amô”.
Por aqui a vida é encantada
E é “atravéis” da minha enxada
Que sustento a minha morada.
A natureza por aqui é sempre “prena”
Que invade rios e correntezas.
E com o chapéu na cabeça vou para
minha lavoura cuidar e cultivar
a minha existência.
O arado já está preparado pra “semeá”
E se a sabiá canta lá na laranjeira as “Abeia” se delícia com a cana no “canaviá”.
O café colhido já foi torrado, moído e coado, e seu aroma “espaiado” para todo os lado.
Ê “interiô”,
“Ocê” é meu “amô”.
És minha paixão em grãos de;
“Mio”, “arroiz” e feijão.
É encanto que me leva aos prato
Que traz saudade e lembranças
Do tempo que eu era criança.
Se o passado me “faiz” atrasado
O hoje deixa eu envergonhado.
Por que da terra eu sou,
Da água eu vivo e das
palavras “simpres” eu poetizo.
Assim sou eu,
um caipira de “valô”,
um homem do interiô.