A chuva forte do telhado (Sonata I)
I
Com belo coração do céu, em brilho!
Que as nuvens são da cor sagaz e escura
Que explode tantos raios contra o milho,
Ó meu peito medroso! Ó força pura!
II
Dos telhados ativos e notáveis,
Para os lados fecundos da parede
Com os tijolos ideais e desejáveis;
Como o som bate forte que concede.
III
Eis-me o medo do olhar pelo desejo!
Ó trovões! Ó perigo! Ó meu cuidado!
Em fim da luz acesa, sem ensejo
Do meu verso perdido e enamorado.
IV
Sem lira do trabalho e com barulho,
Lá na minha fazenda não há luzes
Há chuva mais pesada sem entulho
Sem estudo, que eu rezo tantas cruzes!…
Autor: Lucas Munhoz 03/09/2012