Ente querido
Vitrine. Seu corpo ocupado com os olhos meus
As íris minhas bebiam a pele e as curvas torneadas
A Donzela! Pelo desejo e suor, é minha agora!
Cerrada, casta, sou guardiã do seu Corpo e Voz!
A noite bate a brisa fresca a mando de Zeus!
Nua, os dedos meus tocam as emoções veladas
Presa em meus braços ouço sua vibração sonora
Em meu colo, meus dedos em seu corpo grandes nós
Minutos vão, horas vêem, dias passarão! Eu e ela
O eternamente amar torna o passado mais presente
O toque dos meus dedos desata e desanda a sua fala
Átimo o seu ventre em meus dedos como passarela.
Seu corpo e o meu, no ato, transfiguram-se num ente
De ar melódico, a boca exala e no ouvido cala!!!
Ademar Oliveira de Lima