A vida tem a natureza do brilhante,
tem cor, luz, valor e encanto
para o coração que se abre para ela,
como faz o girassol para o astro de fogo.
Nadando no orvalho de cada novo dia,
nas formas perfeitas das suas facetas,
deixo-me levar pela brisa da aurora,
até o azul, o azul calmante, da tela celeste.
Minha alma expande-se no calor do estio,
alegra-se com o marulho do mar bravio,
escreve “eu te amo” na areia da praia,
e repousa, esfuziante, no tapete de espuma.
Sempre é o tempo oportuno para amar a vida,
para clarificar a aura com a ternura traduzida
em versos inspirados na leveza da pluma,
e no toque de seda das canções de amor.
Lanço meu olhar para a poeira de estrelas,
e em vão tento alcançar seu rico esplendor,
mas nas noites sem estrelas para contemplar,
em sonho posso vê-las, qual fadas a cantar.