Eu preciso conhecer esse deus que alguns andam a dizer.
Um deus que tudo faz, que sacia desejos e necessidades daqueles,
Que obedecem os seus pastores em toda orientação e é servil à ele…
Onde ele está, quem é ele, como o encontro?
Eu pensei que já o conhecia; mas pelo que dizem, me enganei.
Cadê você! Grito em mim. Olho pro céu… espero te ver, espero ser escutado.
Mas como pode isso? O céu é tão grande; tão largo; tão longe, como vai me ouvir?
Cadê você? Preciso te conhecer!
Já faz anos que me engano. Pensava, até sentia sua presença em mim. Tinha momentos de alegria e satisfação ao saber que me ouvia, pois estava perto de mim, do meu lado, ou melhor, no meu coração…
Quantos sonhos contados, quantas conversas francas, quantos compromissos assumidos, quanto dinheiro gasto, quantos gostos e prazeres não vividos por causa do compromisso… quanto tempo perdido!
Vivia como uma criança que dorme no colo do pai e quando acorda, ele está ao seu lado, na cama; olhando, cuidando, guardando.
Me sentia tranqüilo pois acreditava que comigo estava. Fosse onde fosse, minha história de vida e mais algumas palavras de outros, me faziam crer nisso…
Mas hoje, já não é possível, assim crer…
Como pode um pai que tudo sabe, continuar a provar seus filhos para saber quanto esse o ama. Faz o filho quase se matar, para ele saber que precisa dele, e quando esse o procura, lhe diz que não tem nada a ver com o fato; que esse decidiu por si, então que aquente o tranco. Outros nada fazem de tão errado, mas sempre estão em pecado, pois suas vidas são uma desgraça só… O pecado separa o pai do filho (que amor hem…).
Engraçado é que eu hoje sendo pai, sinto que só a morte separar-me-á de meu filho.
Mesmo assim, carnalmente, pois creio que em seu coração eu estarei vivo, pelas lembranças boas e/ou más que tivemos juntos.
Como posso dizer ou sentir o mesmo se não te ouço, não te vejo, não te sinto de verdade. Quero, faço força para crer, ter fé, mas não consigo permanecer crendo.
Como com meu pai e minha mãe que vivem em meu coração pelas lembranças que tenho. São boas, mas também ruins; mas as tenho, e elas fazem com que eu os sinta vivos em mim, em meu filho, se possível em meus netos também…
Já com o senhor não posso dizer o mesmo. Se realmente esteve comigo; hoje não está mais, cansou de mim (coisa que meus pais não fizeram).
Triste, triste mesmo é saber que está no céu, cuidando sei lá do que, enquanto eu te preciso vivo em mim… aqui na Terra.
Preciso do Senhor, do Deus vivo, do EU SOU, daquele Deus que não faz acepção de pessoa, do Deus que abençoa não porque alguém decide recebe-las ou trabalhar arduamente para consegui-las; as bênçãos dEle são dadas porque Ele quer (Rm 9:16).
PRECISO DAQUELE JESUS, O CRISTO, QUE MORREU NA CRUZ POR MIM, E RESSUCITOU TAMBÉM POR MIM; PARA QUE EU TIVESSE NELE, VIDA EM DEUS VIVO!
(que eu volte a te sentir como antes de ouvir tanta hipocrisia)
(PEREZ SEREZEIRO)
José R.P.Monteiro – SCSul SP [email protected] [email protected]