Como somos ainda apegados às formas criadas pela matéria!
Formas que nos extasiam a visão limitada, nos desviando daquilo que é essencial buscar.
Formas estas perecíveis e passageiras, que nos convidam a saciar as exigências do imediatismo, onde predominam os prazeres efêmeros e ilusórios, perdurando por momentos fugazes, fugidios.
Refiro-me aqui à utilização do sexo como fonte de prazer, valorizando o hedonismo e a busca incessante pelo gozo, gerando energias desequilibrantes e que deixam marcas na alma.
Não pretendo pregar a castração como forma de caminhar pela vida buscando o equilíbrio, mas sim a necessidade da reeducação sexual, a fim de trabalharmos paulatinamente apagando as impregnações energéticas viciadoras, resultante de séculos de vida equivocada, vivenciando os exageros e os excessos dos desregramentos sexuais.
Utilizando a sagrada ferramenta de procriação para a obtenção de prazeres imediatos, concentrando erroneamente a energia sexual, bela e criadora, no centro genésico.
Colocando a sagrada ferramenta de procriação, o sexo, em posição de insubordinação perante a ternura do sublime amor.
Busquemos o amor, Imbatível amor, que se utiliza do sexo como ferramenta de procriação e de trocas energéticas entre almas que se amam, onde o acasalamento se dá como conseqüência das ordens do coração, renovando energias, equilibrando mentes, construindo, fortalecendo os seres que se congregam em busca da paz interior.
A energia sexual é a mesma energia utilizada pelos grandes artistas, pelos grandes músicos e pintores, é a mesma energia utilizada para construir, destruir, pacificar, desencadear guerras.
Aprendamos a canalizar a energia sexual e aproveitá-la de forma melhor, transformando-a em parte em ações de benevolência para com o nosso próximo, concentrando-a em parte no coração.
Que Jesus, com a fortaleza de sua luz esclarecedora, nos incite a enxergar além das formas e sons que distraem os sentidos humanos, que nos levam rumo ao precipício criado pela ilusão da matéria transitória.