Amor, hoje eu vou falar
De uma coisa triste e doce
Vou falar do meu paizinho
Que hoje me deixou
Um pai leal e sofrido
Mas, sempre com tanto carinho
Certa vez nosso barco quebrou no rio
Com meu pai, eu e o piloto
Os mosquitos a mil
Mas, meu pai, sem pensar
Tirando a própria camisa
Com ela ele me cobriu
Nós dois falávamos de tantas coisas
E eu lembro de outras tantas
Do sorriso simples e da sua mão
E eu tinha tantos sonhos
Tantas coisas para fazer com ele
Por que tivestes que ir, paizão?
Eu queria tanto ele te apresentar
Este ser tão fantástico
E ficarmos nós três, juntos, a rir
Andarmos nas estradas da vida
Onde tudo pode ser tão belo
Onde tudo pode sempre existir
Autor: Alfredo Kleper Lavor