De todas as vozes
guardo teu canto
Sobre teus braços
aconchego meu sono
De todos os olhos
Vejo nos teus
estrelas
De tantas caminhadas
Ouço teus conselhos
Na correria das idades
Me aquieto
no muro das épocas
te encontro nas lágrimas
da infância
Acolhendo meu ego lúdico,
Frágil em pequenos vôos
Das noites que vieste à minha cabeceira
Espreitar meu sono, afugentando meu frio
Deixando teu hálito insone e dócil
Recordo e guardo-te
No álbum da eternidade
minha e tua
Nossa bendita entranha
Que fez de mim – fatia
De teu pedaço
Escrevendo a marca
Imutável do ser.