Não turve o vosso coração
Há noite cai de vencida
No crepúsculo ou na solidão;
Morcegos batem revoadas
Para um lugar de descanso
São almas renovadas;
Não desvie o vosso caminho
O sol tropica á luz do meio dia
São atalhos ao entardecer ou pergaminho;
Outro dia virá então…
Porém á noite cala enfurecida
Vociferações, vociferações então;
Renova-te para o seio de um desdém
Renuncias voraz
Aparta-te se te faz bem;
Sinto soar o sino da morte
Incansáveis badalos, impertinentes
O refúgio de brados insuficientes, de sorte…
Deveras o ventre de que me acanho
Deveras… Cai a noite de vencida
O soar do sino, um lugar de descanso.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Anhembi (SP) Maio de 2011, no dia 12.