Os restos da sua mesa, são meu pesadelo,
Alimentam a fome, nossa falta em nome de Deus,
Ceia de cardeais, acorrentados a fé,
Velhos, homens, iguais, meio humanos,
Nas vestes vermelhas, o sangue que se derrama,
Não se importam, é apenas,
Um jogo, um drama, na liturgia, a palavra que se ensina,
Todos seguindo em sua fila,
Sem perguntar a razão, o por que?
Ratos do Vaticano, vocês não me enganam,
Só poderei encontrar Deus, muito alêm destes muros,
Na palavra pregada, a incerteza do que diz,
Soluçando, chorando, um sussurro no ouvido quente,
A fé que transforma, nos faz crêr,
Num mundo diferente, deste de vocês…
Lá fora, já é outro mundo, já amanheceu,
O sangue que a milênios corre, na história,
Tudo já se foi, ou morreu, sem que lhes,
Importe, o sofrimento alheio a pobreza,
A diversidade da maldade, a essência da loucura,
Que faz do homem, escravo de si mesmo,
Nos servindo em suas mesas, como banquete para os ratos,
Ratos do Vaticano, ratos do Vaticano…
Ratos do Vaticano, ratos do Vaticano..