Arranque do peito
A flecha que faz sangrar
Não quero sentir, tampouco respirar.
Me livre da dor desse meu viver
Sou um animal ferido,
Destinado a morrer.
Oh, Deus, se me ama, me mate agora
Meu Pai, eu sei que chegou minha hora.
Arranque da alma
O ultimo suspiro
Que dorme, à noite, pra não acordar
Que come e que anda
Esperando o veneno
Ou o bêbado trôpego o atropelar
Oh, Deus se me ama, me mate agora
Meu Pai, eu sei que chegou minha hora.
Arranque dos olhos
A Grande Tristeza,
O sorriso sínico que quer descansar.
Me ponha na terra,
Nos braços da morte,
Comida pra verme quero virar.
Oh, Deus, por favor, me mate agora.
Senhor, piedade, faça dessa minha hora.
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