Como é que a minha paixão
É ao mesmo tempo a minha maldição?
Vivo no limiar da loucura
Com esta solidão que perdura
Serena é a solidão
Livra-me a mente do que não é são
Permite-me (futilmente) pensar
Permite-me (para nada) trabalhar
Encarcerado na minha mente
Procuro uma saída rapidamente
Pois este vicio de não ver ninguém
Deixa-me cada vez mais do mundo aquém
Preciso de uma chave
Algo que me salve
Mas logo me apercebo
Que deste inferno não saio tão cedo
Que alegria é sofrer
Sem nada para fazer
Quatro paredes e um tecto
Algo nisto não está correcto!
Eu quero sair
Tenho que fugir
Não quero estar nesta prisão!
E esta é a minha Ode à Solidão…