O Tocar Dos Sinos

Descansa alma ferida no langor da calmaria.
Sufoca a magoa em ânsia do choro da lembrança.

Obscurecida noite em deserto no barulho galopeia.
Estilhaços espalhados um estremecido frio na alma.

Marcante que cercam feridas e cicatrizes agitadas.
Território vasculhado a beirar a vida em cotidiano.

Atenciosamente ficaram ao cismar dos acenos.
Esvai-se num vulto em fumaça deixando sem palavras.

Quase sem face guardada em imediata memória.
Sonido distante ao vôo do pássaro ao bater das asas.

Beleza passageira ao olhar nu no chegar da hora.
Arte em rebeldia vertigem no contemplar do universo.

Desolada paisagem onde tudo parece ter um fim.
Orvalho molhado em resistência desconsolo do silencio.

Sombras enigmáticas é como navalha cortante Ícaro.
Manobra magia oscilante reveste em segredo.

Tocam os sinos em voz de alerta onde o sonhado tempo.
Voa pensamentos aos naufrágios dos ciúmes avistados em réstia.

A luz sublime do abrir da janela profundamente evidencia sedução.
Farol ao meio as águas quebra o gelo da solidão aclarasse

resplandecida.
Estremecida estrela radiante saíste do teu aposento a refazer o céu risonho.

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