Ah! sorte ingrata que me abandona,que me esmaga impiedosamente,que me deixa esquecido nas tristes alamedas sombrias do meu viver. Ah! sorte caprichosa que passou pelo meu tormentoso mar de amarguras como uma soberana gaivota, despercebida do meu amargo sofrer.Trago hoje o meu rosto sepultado em minhas mãos,procurando esconder de mim mesmo esta imensa dor, esta maldita herança de um fatal e inesquecível amor. Ah! pobre sorte moribunda esta que o destino me deu,sofrimentos infindos angústias alucinantes,uma saudade interminável que me acompanha e me tortura trago em mim,corre em meu sangue e faz bater meu coração no compasso triste da desilusão. Ah! sorte desgraçada esta que o destino me deu, sempre hei de lamentar,como o eterno bocejo do mar, esta sorte que deixou em minha testa o sinal do abandono, sempre hei de lamentar.