Julgamento final
Vejo um clarão anunciar
mais um julgamento.
Percebo, de repente, o vento imitar
as vozes dos ímpios, em tormento.
Não há mais clemência
tudo ali faz ressurgir o mal
que, agora, trará consequências…
É chegado o momento final.
Observo-os, calada,
perderem, aos poucos, a nitidez
para sempre condenada.
Acordo. Ainda não é a minha vez
jejuo e sangro num grito de apelo…
um dia afinal, não será só um pesadelo.
Marcela Arôxa