fios de amargor

A carta que escrevo é de um acontecimento
Se puder entender o mistério envolvente
Saberás a luta que há para se restabelecer
Aos conflitos direcionados a que veio padecer
Porém ainda tem a força esperançosa
Que faz erguer-te ao animo a favorecer
Limites de linhas que ultrapassaram
Cala-se para não ferir permanece o silencio
Ouve apenas sem dizer uma palavra
Para não opinar naquilo que não entende
Vêem olhares atentos, mas distraí
Para não se perceber…
O andar, mas é mesmo que ficar
No mesmo lugar
Abraça o vento que passa
Sorrir apenas com os lábios
Coração sabe o que sente
Só não fala para não magoar
A negritude da escuridão
Ferem os olhos na busca de luz
Luz que se faz presente
Mas o parecer é tão distante
Porque abate na alma a dor
Que aos poucos atormenta
Deixando os rastos fios de amarguras
Corroí o amargor o bom é sair de vez
Do impregnado estagnado!

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