A poeira levanta na estrada de terra roxa
E faz chover sobre a minha alma coxa
A solidão que se vai caminhando comigo
Eu sou tão esquisito…
Comido vivo pelos malditos mosquitos
Andando calado
Sinto-me surrado (pela vida)
Sinto-me curado (pela morte)
Este sol que estala o meu crânio
Que queima o meu corpo
Neste lugar estranho
Com sua vida pacata, mansa
Mas que esconde o soturno
E o pesadelo sombrio…
E inquietante meus mil olhos vibrantes
Arregalados de meu pensamento
Podem ver alucinações
Demônios e dragões
E todo o tipo de magia infernal
Que não existe neste plano astral…
E eu vou caminhando sob esta lua
Transpirando a solitude
A beira da loucura
Viciada pela esquizofrenia
A minha pele fria, escamada
Cheia de bolhas, descascada
E mesmo assim vou-me indo
Mundo afora
Sem rumo, me sumo
E vou, e vou, vou, vou…
Sem destino
Fraco e fino
Louco e tino
Maltratado…
Judiado…
Como um mongol
Sob a luz escaldante do sol
Não sei pra você
Quanto pra mim
Mas este será o meu fim – Ai de mim
Caminhando ao encontro da morte, sim
Eu vou assim…
Eu vou, ah sim!!!