Ontem eu era fogo, eu era pedra, era furacão.
Não sentia, eu queimava, eu quebrava, dizia não.
Não ligava, não me importava, sempre tinha razão.
Eu me amava, me idolatrava, era meu próprio Deus.
Até o dia que meus olhos olharam os seus.
Eu virei água, eu te amava, eu construía.
Eu não ligava, não me importava, eu te queria.
Eu me apaguei, me ceguei, me encantei.
O meu amor, meu coração eu te entreguei.
Hoje sou vazio, sou frio, sem coração.
O meu martírio, o meu delírio, minha confusão
Foi ter amado, ter me dopado, ter me jogado ao chão.
Pois sem você, estou largado, abandonado, desesperado.
O que mais quero, espero e proponho
É que o ser risonho, não seja sonho, nem ilusão.
Chega de dor, de amargor e desilusão
Quero seu braço, o seu abraço e seu calor.
O que preciso, é estar contigo, ser teu abrigo, ser teu amor.