Coração perdido no vento
Bombeado pelo sangue da solidão;
Pelas artérias e veias do passado
Circula com a dor da desiluzão.
Como a alegria do momento
É algoz para o sujeito.
Transforma-se em tristeza
Em minuto de alucinação.
A realidade presente na alegria
Faz pensar na bondade da vida
Mas, nem minuto de descuido
A tristeza, perene no ser,
De experiências passadas;
Traz à tona o passado
Onde só é visível a dor.
Então, a alegria traduz
Uma tristeza latente,
Fazendo refletir no ser
A dor que no peito está embutido.
Também refletindo o que vai na mente.
Então, o que era riso
Torna-se em choro
E o desespero desabrocha
No coração perdido
Dentro do peito…
José Roberto Perez Monteiro – SCSul – SP [email protected] [email protected]