Confetes são jogados pelas ruas
Foliões querem preencher lacunas
Valorizando tudo o que é banal
E se esquecendo do que é real.
Brincam e pulam, eu não me conformo!
Como é que podem festejar assim?
Em minha mente latejam problemas
Não percebi que as lacunas estavam em mim.
Por onde passo é ódio e rancor
Perdi a visão da cor
Do amor
Desaprendi a gostar do outro
Fechei os olhos para o que é novo.
Eu sinto o fardo crescendo,
O peso.
Isso me mata a cada dia que passa.
Na poesia descrevo meu desterro
Por minha pobre alma que vaga.
Por: Polly, 14. SP, 2011.