Ouço vozes que me dizem sem parar
Até quando isso vai?
Olho ao meu redor sem prestar atenção
Porque nada disso me atrai
Lendo a lenda de que tudo dará certo no final
Conforto-me num momento nem sempre real
É arte, é sonho
É o dom do abandono
Da duvida, da emoção
Do corpo sem coração
No frio sempre é sensato se cobrir
Mas no fundo é uma voz que incomoda
Um simples espinho de 1mm no pé
Um grão de areia no olho
Mas que sangra por dentro
Que faz gritar
Viver ou sobreviver
Saber ou se calar
Assumir ou sucumbir
Ter coragem ao menos de falar
Não, obrigado…