Já escuto a melodia da Morte finalizadora,
Terrificante e terrivelmente generosa melodia
Que causa ainda mais frieza na minha alma fria!
Sinto o luto que sangra gelado dessa aterradora
Sonata da Morte! Sonata tão tenebrosa
Que me deixa pleno de fúnebre agonia!
Ressoa na noite o terror da sua harmonia,
A me consumir numa jactância pavorosa!
Abre as suas asas e voa, desafinada e amarga,
Assim tão ávida, pálida, a minha mágoa alarga,
E com os tremores da Ameaça Ela me domina!
Dominado pela sua pungente garra, suplicando
Piedade, como um enfermo silente agonizando,
Eu me rendo a Ela, e Ela, contente, me elimina!