Anjo da Morte

Estou na rua a olhar a Lua ao Norte
Enquanto vejo lentamente algo do céu descer
É o Anjo da Morte
Mal posso crer

Alto e esbelto, quase sagrado
Com asas de pluma negra como o carvão
Suavemente pousa a meu lado
E sinto que algo me trespassa o coração

Um sabre de prata atravessou meu peito
Pelo meu coração passou direito
O Anjo puxa o seu sabre
E enquanto caio morto, ele os seus braços abre

O sangue cai pelo chão de madeira
Como um rio, o sangue desce por uma ladeira
E vejo por minhas mãos que perco a cor
Mas não sinto nenhuma dor

Com um sorriso o Anjo falou
E o que ele me disse me encantou
Chegou-se ao meu ouvido e cantou
Depois abriu as asas e voou

“Chegou a hora de dormir
Para lá da Lua temos que ir
Já não vais voltar a acordar
Mas finalmente já podes descansar”

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