Alquimia poética
Quando escrevo sou transparente
não importa o medo que eu sinta:
eu me revelo buscando o consolo ausente
que cada verso me traz… em cada pingo de tinta.
Ao me expor encontro esteio
aniquilo a dor da profana recordação:
vou aprendendo a transformar o feio
ao lhe impor o carma dourado da perfeição.
Não tenho razão para ser otimista
por isso minha poesia, quase sempre proclama
meus reflexos internos de tristeza e drama!
Mas se, qual esforçado alquimista,
um dia eu transforme chumbo em ouro…
… feliz me desfarei de meus tantos "tesouros"!!!
Marcela Arôxa