A maldição do vinho
Beber e desejar – eis o veneno!
Todas as nossas mortes – eis a morte!
Morre, mas sem labor… Sem que conforte
Com que seja o menino bem sereno.
Eis o corpo que morre, o que eu aceno!?
Se morrer, o pudor quem vive a sorte
Os desejos maldosos, sem ser forte
Morre, mas sempre bebe o vinho pleno!
O vinho, que em mil taças vem-me aos lábios,
É condenado pelos grandes sábios,
Se usado como vício deletério…
Mas eu, pobre menino, sem alegria,
Romântico aedo, entregue a vil orgia,
Sorvo a maldição de um sofrer etéreo!…
Autor: Lucas Munhoz & J. Udine – 28/03/2012