"Porto Solidão

Na escuridão da casa tateio às escuras
A sondar-me o olhar preguiçoso do meu gato
Ele escolheu ser só, eu não
A solidão imposta pela vida pela passagem rápida do tempo
que transformou meus pequeninos queridos em rapagões de 1,80m e tanto.
Onde estarão agora?
O gato olha de soslaio minha sombra delineada na parede
O silêncio profundo quase palpável a agigantar o medo
Medo do que lá fora possa estar acontecendo.
Um som estridente contínuo martela em meus ouvidos um grilo também solitário insiste em quebrar o silêncio
canta em rítmo contínuo a mesmice da vida
Um arrepio brusco me divide ao meio
Parte de mim é solidão, a outra parte anseio
Anseio que esta madrugada interminável chegue ao fim
O gato entediado continua a me espiar…

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