“O meu jardim está repleto de flores…mortas.”
Alvitrei sobre tua escolha e também sobre as folhas que você pisava,os espinhos em que seus pés fincavam,a dor que sua alma dizia.
Busquei amenizar a chuva que caía pesada sobre seu corpo cansado,enxugar o suor manchado de sangue,o suplício silenciado,morte que não tem nome.
Conquistei um pequeno pedaço de grama,plantei as flores e as joguei em cima da cama,logo tuas flores murcharam,insculpi as lembranças tarde demais.
Desisti de ouvir tuas preces,tolice foi acreditar em palavras vãs,sorrisos que não diziam nada,lágrimas que não caiam,rixentos se tornaram nossos dias.
Esperei inquieto seu despejo de palavras inapropriadas,sua fúria comigo por nada,finito momento de paz,padecendo de modo consciente,ouvindo injúrias reais,tolerantes trejeitos.
Felicitei quando a casa dos sonhos terminei de pintar,as cores não agradaram seus anseios,tristeza achei que era pedir demais;além disso,quero sossego.